O russo de 94 anos estava em tratamento intensivo por problemas cardíacos desde novembro
Estima-se que existam cerca de 150 milhões de armas deste tipo no mundo
MOSCOU — Morreu nesta segunda-feira o lendário criador do fuzil AK-47, Mikhail Kalashnikov que, desde 17 de novembro, estava em tratamento intensivo por problemas cardíacos no Centro Clínico Diagnóstico Republicano da Udmúrtia. Ele faleceu em sua cidade natal, Izhevsk, perto dos Montes Urais, onde a arma ainda é produzida.

O fuzil começou a ser desenvolvido pelo então engenheiro militar em plena Segunda Guerra Mundial. No fim de 1941, ele se recuperava de um ferimento recebido em batalha, e percebeu as reclamações dos soldados sobre os armamentos fornecidos pelo exército russo. Kalashnikov decidiu então criar uma arma capaz de funcionar sob quaisquer condições, durável e de baixo custo.
Só alcançou o intento em 1947, quando as tropas não precisavam mais. Apesar de ter chegado tarde para ajudar a derrotar as tropas de Hitler, o AK-47 (em referência ao sobrenome “Avtomat Kalashnikov” e ao ano em que foi criado) se tornou armamento padrão do Exército Vermelho em 1949, e foi adotado por outros 55 países.
Atualmente, estima-se que existam cerca de 150 milhões de fuzis deste tipo no mundo, sendo que boa parte é de cópias produzidas em outros países ligados ao antigo bloco comunista, como Albânia, Bulgária e China. Seu desenho está estampado na bandeira de Moçambique, onde foi amplamente utilizado na guerra de independência.
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